terça-feira, 3 de abril de 2018

MORREU PARA VIVERMOS (Páscoa)

Os três últimos dias haviam sido dolorosos, muitos dolorosos, tanto que, humanamente, não é possível perceber o quanto. Mas o importante é que Deus tenha "contabilizado" e sentido o quanto houve de entrega naquela morte, como tinha havido já em vida.

Nada poderia dar razões para uma restea de ânimo. Só a Esperança de Mãe e Filho, conhecedores de Deus e da missão a que eram chamados, puderam manter a esperança da humanidade. Tudo estava, humanamente, perdido. Mas havia Neles, que se tinham entregue plenamente á vontade do Pai, a certeza de que tudo estava, divinamente, ganho.

O jogo continua. O maligno adversário sabe que perderá definitivamente a batalha final, por isso se arrasta num esforço descomunal, por marcar o mais possível. A vitória não será nossa, sim de Deus. Mas o prémio será entregue em nossas mãos porque a derrota foi assumida por Jesus, mas Ele é Deus e Deus não perde nunca porque o Mal não tem poder sobre Ele.

E o prémio já está em nossas mãos, guardado em nossa liberdade. Ele morreu para vivermos nós. A nós é dado escolher entre a Vida e a Morte, sabendo que não cegaremos à Ressurreição se não passarmos pela cruz, não chegaremos à vida se não passarmos pela morte de nós mesmos, entregando a vida, vivendo-a segundo a vontade de Deus.

Cristo ressuscitou. Está ressuscitado e é assim que precisamos vê-lO. É, no entanto, ilusório pensarmos que O descobriremos, de facto, se não nos deixarmos atrair por Ele na cruz. Aí se manifesta e aí, só aí, veremos o seu Amor. Ainda que sem pensar dizemos o que sentimos ao afirmar "O Cristo antigo já passou, o de agora é moderno". Cristo não muda, ainda que queiramos fazê-lO à nossa maneira.

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