
Acontece uma visita pascal e fecha-se a porta a Deus, porque se não recebem os que são enviados. Dá a sensação de que apenas se sentem dignos da presença do próprio Deus em pessoa. Acontece um momento de oração: pense-se na celebração da Eucaristia e na adoração do Santíssimo sacramento, e não há tempo, disposição, nem vontade, porque não se sente necessidade, e não se sente porque não se percebe o Amor de Deus. Dá a impressão que, espremendo a nossa fé, de Deus tudo se exige, quando se precisa e se quer, mas para com Ele nenhum dever ou obrigação se tem.
Dizer-se cristão ou não, para muitos de nós que o dizemos, é uma daquelas coisas que nem aquenta nem arrefenta. Já quanto ao sê-lo, para além de dizê-lo, é-se à maneira de quem sacode a água do capote, não vão os pingos entrar e constipar... Somo-lo se queremos (e cada um está no direito de o ser ou não), mas se o somos não pode ser à nossa maneira, embora a fé seja única e pessoal, mas à maneira de Jesus Cristo, porque, embora sendo pessoal, a fé se vive em comunidade e em comunhão com Jesus Cristo e em Igreja.
A oração, a missa, tem o mérito que tem por se viver e celebrar, não é porque se descarregou a obrigação de participar. Ora, a minha participação traz-me mérito e graça, a mim, à comunidade e às intenções por que a ofereço, sempre que participo, e porque participo. Fechar uma porta ou uma oportunidade à graça leva-me a um cada vez maior afastamento de Deus.
Quantas oportunidades perdemos de que a presença de Deus vá crescendo em
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