segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Servir e Amar

Servir e amar. Esse foi o fim para que Deus  criou os Anjos. Seres que são puros espíritos nada mais fazem do que, em perfeita liberdade, estarem dispostos ao Amor para com Deus, em ato de perfeita entrega de si mesmos ao Criador e Senhor de todo o universo.

Deixemos de lado os espíritos que, livremente recusaram amar o Criador e que, por isso, optaram pela perdição, pela plena infidelidade. Também eles foram criados para servir e amar, mas o orgulho levou-os a dizer não. 

Centrando-nos agora no ser humano que somos, sintamos que fomos criados por Deus exatamente para o mesmo: para O servirmos e amarmos. Foi em ato de pura bondade de Deus que fomos pensados e criados, para que participássemos da infinita perfeição que Ele é. A opção por Lhe dizermos não, no ato de pecado original, catapultou-nos para a perdição com os espíritos maus. 

Mas Deus, pura bondade, continua a amar-nos e, tendo-nos recuperado para Si, chama-nos a estarmos dispostos para O amarmos e servirmos. 

Entremos em nós para tomarmos consciência de que, tendo estado irremediavelmente condenados, Deus se fez um de nós, assumindo a nossa natureza e condição, e nos acolheu como filhos, capacitando-nos para o amor.

Era de justiça a nossa condenação, mas é de Misericórdia a nossa recuperação. Na certeza de que ambas estarão presentes no momento final, é em nossa liberdade que percorremos os caminhos do bem ou do mal. 

No fundo, ao mandar-nos que vivamos o mandamento do Amor, que se exprime na confiança, na entrega de nós mesmos à vontade de Deus, ao longo da vida, e na vida, que vivemos, e não depois de morrermos; ao exigir-nos o Amor, ao obrigar-nos a amar, aquilo que Deus faz é, ouso dizê-lo, "obrigar-nos" a ser felizes, a optar pela felicidade. E nós continuamos a dizer os nossos nãos...

Sim, é na plena liberdade que atuamos. Deus não pode fazer mais por nós que aquilo que fez e faz. Não quer, de forma alguma, perder-nos. Deus nada perde de si pelas nossas recusas em O amarmos, o não querer que nos percamos é puro ato de bondade Dele. Vida ou Morte dependem de nós, nunca de Deus. 

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