
Pensando bem há muitas coisas que não nos encaixam
na mente, tanto mais que são reduzidíssimas as informações que o Evangelho nos
dá. Isso é razão para muitos porem em causa o facto. Depois, justifica-se a estrela com a possível passagem, nesse ano,
do cometa Halley, que visita os nossos céus a cada 76 anos (mais ou menos),
como se um cometa a milhões de quilómetros de distância pudesse parar
discretamente e indicar uma gruta na pequenina Belém.
Porque é que não reconhecemos a Deus a capacidade de fazer
brilhar uma luz desconhecida para guiar estes homens, desconhecidos também,
para os conduzir ao Menino? Pergunta-se: como é que vieram de reinos diferentes
e distantes e reconheceram o nascimento do Menino? Pergunto eu: e porque é que
um Anjo veio a Maria, a José, aos pastores… e não podia ter revelado também,
antecipadamente, o nascimento do Salvador aos Magos? E não seria Deus capaz de
os guiar e de tudo orientar para que a adoração acontecesse? E não nos diz
muito Deus ao pô-los a eles, pagãos, estrangeiros, a dizer à cidade de
Jerusalém, a cidade de Deus, e aos seus habitantes, que o Salvador havia
nascido? Não foi um estrangeiro leproso o único grato na cura dos 10 leprosos?
E não foi o sírio Naamã a ser curado da lepra?
Porque não haveria Deus de se servir dos magos do
oriente para nos dizer muito de sua justiça e de nossa verdade de fracos
adoradores que somos?
Somos cristãos, filhos de Deus, não estranhos para Ele nem
Ele para nós. Afirmando reconhecer a presença de Deus na Eucaristia, real como
no Céu, não sabemos ser adoradores, não sabemos acolher as graças da Adoração.
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