
1. O mundo não é mais que a mundanidade,
o viver distanciados de Deus, pondo no lugar que Lhe compete as realidades
mundanas, coisas e pessoas, a que tanto valor damos. Para Deus adota-se o
mundo. Jesus retira-se do mundo das coisas e das pessoas, para o encontro com
Deus, em retiro, no deserto;
2. Demónio: a força do mal, o príncipe do mundo, como Jesus lhe
chama, que tudo faz e se serve para enganar, seduzir, desviar e afastar de Deus
as pessoas e a obra da Criação divina. Discreta ou descaradamente, nos envolve
e atrai, com ilusões e enganos, fazendo parecer ser bom e meritório o que
realmente é mau, condenável e à condenação conduz. É tão fácil ceder que nem é
preciso dar passos, tranquilamente se desliza para dentro da “cantiga” com que
nos encanta. Jesus afastou-se dele, recusando-o, não cedendo, vencendo-o com a
Palavra de Deus, impondo-se a Si mesmo como Senhor da sua vontade e do seu
querer fazer a vontade do pai e só a Ele adorar;
3. Carne: são os prazer que se buscam pelo prazer. Nosso corpo é
bom, se de equilíbrio e a harmonia se compõe. A sociedade que somos tem como
princípio e pano de fundo do existir o “carpe diem” (vive, goza, a vida).
Talvez mais do que nunca, nos centramos em nós, na prossecução dos nossos
prazeres e tudo orientamos para a realização e o consolo pessoal. O
rumo que se vai percorrendo está a orientar-se no sentido de tudo ser lícito e
bom, desde que concretize os nossos, por vezes loucos, desejos. Não comemos
para viver, mas por enfartar o prazer; não celebramos dentro da alegria, mas
buscamos alegra-nos, no exagero do álcool e das drogas, para pensarmos que
somos felizes. Jesus jejuou, consagrando o esforço do controle cada um de nós é
chamado a ter de si, vivendo como senhores de nós mesmos e não, deixando-nos
ser controlados pelo parecer, pelo ter, pelo poder.
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