
Não veremos a sua Glória, pois disso somos incapacitados, porque o nada que somos é impeditivo de ver o tudo que Ele é. Não veremos a Glória, mas, porque O vimos atuar e salvar-nos em seu nascimento, vida, morte e ressurreição, perceberemos um pedaço do oceano de misericórdia que jorra de seu Divino Coração, trespassado para que todo se derramasse, até à última gota, e nele nada restasse, além de uma porta aberta (pela lança do soldado) e a ilimitada e infinita vontade de querer nele acolher-nos.
Vamo-nos distraindo nas radicais posições acerca de comungar na mão ou na boca, e nas inúteis discussões sobre qual dos membros é mais digno para O receber. No meio de tudo isto, é deixada de lado a necessidade que O adorarmos em “espírito e verdade”. Tem, claro que tem importância o modo exterior como comungamos (e eu prefiro dar a comunhão na boca), mas a banalização da comunhão também se vai mostrando por aí. Nas circunstâncias em que vivemos, sobretudo tendo em conta quem comunga a seguir, apelo a que se receba Jesus na mão. Custa-me, isso sim, ver sacerdotes afirmarem negar a a comunhão a alguém que se ajoelhe para a receber, como se “o seu espírito e verdade” fosse mais reto que o da pessoa que toma a atitude de O receber assim, de joelhos.
Vem aí o “Corpo de Deus”… Também a Igreja é Corpo Místico de Cristo… Vivendo a comunhão, saibamos encontrar tempos para pedir ao Senhor que nos leve a aumentar o amor para com Jesus Sacramentado, sem nos esquecermos de Lhe dar tempo para que isso aconteça, sabendo fazer silêncio no silêncio do profundo mistério da presença de Jesus na Eucaristia.
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