sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Em Perfeita Harmonia

Encontramos hoje um Deus cuja vida depende das duas mais pobres, simples, e humildes criaturas. José e Maria têm em suas mãos, em seu cuidado, o próprio Deus, a salvação da humanidade. Pesa sobre eles a responsabilidade da redenção universal. Não havia outros, alguém mais digno e capaz de assumir tal missão!

Chega a ponto de emoção a contemplação da plena entrega que fazem de si mesmos ao serviço da humanidade, quase ao nível de Deus que, em infinita misericórdia, se entrega para que em mim, em ti, haja vida, vida plena.

Criamos da Sagrada família uma imagem muito à semelhança das famílias que conhecemos, em que vivemos. Não abstraímos de nós mesmos para chegar mais além na compreensão da grandiosidade desta família, tão excelsa quanto modelar por ser constituída do mais digno pai, S. José, da Imaculada Mãe, Maria, do Divino Filho, Jesus. Perfeita imagem humana da eterna comunhão da Trindade santíssima.

Sem querermos retirar a Jesus, Maria e José, toda a humanidade que há neles, não podemos, também, deixar de lhes reconhecer tudo o que de graça divina neles se realiza. Se a Graça é dom de Deus, neles há a ativa capacidade de acolhimento dessa mesma Graça. Mais que pensarmos na família de Jesus um pouco á imagem da nossa, é preciso que olhemos a nossa à luz da sua por forma a percebermos o quanto há a transformar no que somos e vivemos.

Pensamentos, palavras, gestos, olhares, decisões… sempre os necessários, nunca de mais, nunca de menos, sempre o necessário, num equilíbrio educacional, de respeito e serviço, que se tornavam geradores de Deus, intensificando sempre mais, de momento a momento, a presença e a força Deus.

Pensamentos, palavras, gestos, olhares, julgamentos… em nós, condenam, magoam, ferem, matam e destoem a presença de Deus no seio familiar.