Os três últimos dias haviam sido dolorosos,
muitos dolorosos, tanto que, humanamente, não é possível perceber o quanto. Mas
o importante é que Deus tenha "contabilizado" e sentido o quanto houve
de entrega naquela morte, como tinha havido já em vida.
Nada poderia dar razões para uma restea de
ânimo. Só a Esperança de Mãe e Filho, conhecedores de Deus e da missão a que
eram chamados, puderam manter a esperança da humanidade. Tudo estava,
humanamente, perdido. Mas havia Neles, que se tinham entregue plenamente á
vontade do Pai, a certeza de que tudo estava, divinamente, ganho.
O jogo continua. O maligno adversário sabe que
perderá definitivamente a batalha final, por isso se arrasta num esforço
descomunal, por marcar o mais possível. A vitória não será nossa, sim de Deus.
Mas o prémio será entregue em nossas mãos porque a derrota foi assumida por
Jesus, mas Ele é Deus e Deus não perde nunca porque o Mal não tem poder sobre
Ele.
E o prémio já está em nossas mãos, guardado
em nossa liberdade. Ele morreu para vivermos nós. A nós é dado escolher entre a
Vida e a Morte, sabendo que não cegaremos à Ressurreição se não passarmos pela
cruz, não chegaremos à vida se não passarmos pela morte de nós mesmos,
entregando a vida, vivendo-a segundo a vontade de Deus.
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