terça-feira, 22 de outubro de 2019

5ª Pedrinha

Das 5 pedrinhas que Maria nos apresenta para a nossa conversão, falta-nos falar um pouco do "confessar-se ao menos uma vez por mês". Não, não nos diz uma vez por ano, mas uma vez por mês. 
Sabemos como é imensamente grande a nossa consciência do "não tenho peca-dos" É bem verdade o rifão "O pior cego é aquele que não quer ver", porque nunca será curado. Orgulhosamente nos arrogamos uma certa igualdade com Deus ao não termos pecados. O primeiro deles, e um dos maiores, porque nos impede de reconhecer os outros, é essa terrível falta de humildade. Recordemos que o primeiro dos pecados capitais (fonte de muitos outros) é a soberba, a primeira e principal característica do diabo, aquela que o levou à revolta com Deus.

Da certeza de não ter pecados se passa, num ápice, à negação da existência do demónio, fazendo-lhe assim a maior das suas vontades: ignorar a sua existência e presença. Daí lhe advém muita da força que tem nos tempos atuais. Mas deixemo-nos dele, que nem sequer é digno que atenção lhe demos. 

São Paulo diz-nos que a esmola, a caridade, a oração cobrem uma multidão de pecados. Verdade que assim é, pois na medida em que o bem se realiza em nós, o mal é abatido e destroçado. Não podemos, no entanto, descurar a verdade de que Jesus deu aos discípulos o poder de perdoar, ou não, os pecados, fazendo depender deles o seu próprio perdão. Escandaliza, certamente, mas não receio dizer que Deus não perdoa os pecados diretamente mas sempre através dos seus ministros. Deixemos a confissão "direta" a Deus, usemos os meios que deixou ao nosso alcance e as graças que pelo sacramento nos dá.

Não fazemos um favor a Deus se nos confessamos, como às vezes parece muitos pensarem. Está em causa a nossa libertação do pecado e das suas diretas consequências. Como ignoramos o poder e a força do pecado em nossas vidas!!!
Confessar é das atividades mais "difíceis" para um sacerdote, por diversas razões. É também aquela que, vivida e executada com humildade e espírito de serviço, mais deve deixar espírito de consolação porque o sacerdote se sente um simples instrumento  de Deus para arrancar almas das mãos do poder das trevas. 
Não temos pecados graves? Ótimo, confessemo-nos para recebermos a graça que Deus concede no sacramento e demos-Lhe glória. O único a perder é o da trevas.  

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