terça-feira, 22 de outubro de 2019

Reencontro de vida

Ponho-me a pensar que interesse terá para nós o falar de Missões (estamos e Dia Mundial das Missões), sabendo que, geralmente, atiramos esta realidade para terras distantes, longe de nós. Preocupo-me e falo, porque todos assim somos, com o que acredito, gosto e amo.

Pensando na minha, que cada um olhe a sua, relação com Deus pergunto-me: como me interessarei com gente distante, com sua relação com Deus, que O conheçam ou não, se eu O tenho aqui tão perto, acredito que vive em mim, e pouco faço para o encontro, íntimo e pessoal, com Ele?
Se Deus nos não diz muito a nós cristão, se nós pouco a Ele ligamos, sinal claro de que muito pouco O amamos, que interesse ou paixão pode suscitar em mim que outros O devam e possam conhecer, amar e servir?

É esta uma das questões base para a frieza da nossa vida com Deus, da nossa indiferença para com Ele. Não pensamos no quanto isto se reflete na nossa relação fria e indiferente com os demais, com a própria vida e, sem nos irmos dando conta, vamos morrendo a partir de dentro. Substituímos Deus pelos homens, tornámo-nos meros humanistas, e desiludimo-nos porque isso não nos alcançou felicidade. Substituímos as pessoas pela natureza e pelos animais. Da desgraça anterior passámos a entrar em catástrofe.

Na ausência de Deus como razão da relação entre as pessoas chegámos ao que seria de esperar: não nos limitámos a abalar os fundamentos da humanidade, mas destruímos as duas colunas fundamentais da felicidade humana. Decretámos como lei, dando-lhe cunho de bem moral, o aborto e o casamento homossexual. O sentido da vida e da família, que é seu suporte, foi completamente perdido. Entrámos num tempo e em ato de anti-criação. Esta é a maior e mais desejada das satânicas vitórias e a humanidade embarcou nela. Substituímos a vida pela morte assumindo esta como um bem.

Os tempos serão dolorosos, a batalha entre o Bem e o Mal está a acontecer. Resta-nos permanecer firmes e fiéis ao Senhor. Firmeza e fidelidade que acontecem dentro, no coração e se refletem na vida. Cativaremos os jovens, seremos reais missionários, reencontraremos felicidade quando, pessoalmente, reencontrarmos Deus.

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