Diz-se que "quem nasce torto
tarde ou nunca se endireita". Já de
Deus, diz-se que "escreve direito por linhas tortas".
Tortos, bem tortinhos, nascemos
nós, uns mais que outros, dependendo da planta de onde rebentámos, mas também
da educação que recebemos, o ramo em que fomos enxertados. Alguns teremos sido
"enxertados em corno de cabra", tal a "tortice" que nos vai
dentro.
Deixemos o grande leque de
pessoas mais ou menos tortas ou direitas
que possamos ser e acreditemos que ninguém, nenhum de nós,
está, à partida, condenado a
ser eternamente torto. Cuidem-se os direitos para que não caiam e tortos se
tornem.
Adentrando-nos um pouco na
história do Povo de Israel, que, no fundo, é a história de cada um de nós,
ficamos de olhos arregalados pela forma "reta" como Deus
"construiu e escreveu" séculos de vida de um povo que persistia em
manter-se caminhando segundo "linhas tortas". Duas pinceladas de
tinta, apenas, para pensarmos no quanto isto é verdade: nas origens, depois da
desobediência vem, imediatamente, a certeza de que a Descendência da Mulher
esmagará a cabeça do Maligno; a inveja dos filhos de Jacob leva-os a vender o
irmão mais novo, o José, que, indo parar ao Egipto, se tornou-se ministro do
Faraó, e livrou da morte, pela fome, a
sua família, que cresceu numerosíssima no Egipto. Depois vem a história da vida
"oculta" de Moisés e a libertação do Povo através dele. A história de
Rute, mulher estrangeira, de quem nasceu Obed, avô do Rei David.
Demos um salto até João Batista e
Jesus, e sintamos como em momentos cruciais da história de um Povo, Deus opera
a salvação.
Agora, entremos na nossa vida
para, com atenta verdade, olharmos as maravilhas que Deus vai escrevendo em
nossas vidas, tão distantes Dele, muitas vezes. Pode-mos não ver muito porque
tortos são nossos olhares e nossos sentires de coração.
Felizes aqueles que podem
apercebe-se de Deus presente em suas vidas.
É nossa a história do Povo de
Israel...
26
agosto 2017
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