Assumiu a nossa humanidade porque assim o queria a justiça divina, para que Nele e por Ele sejamos salvos. O "Céu não o Podia conter" em si porque a infinitude do Amor de Deus pelas suas criaturas, porque pecadoras, exigia que que Ele descesse do Céu e se deixasse não apenas envolver, mas assumir pela natureza humana. Assim, neste Amor infinito, é que se deixou apaixonar infinita e loucamente por cada uma das suas pobres criaturas.
Só Ele se deixou apaixonar apaixonadamente, porque paixão é sofrimento, até ao limite da morte voluntária, sendo que, por ser infinito o seu Amor, a própria morte perdeu seus limites e se tornou real apenas para aqueles que , livremente, por ela optam e a escolhem.
Que criatura pode merecer do Criador infinita dedicação? Que obra pode merecer do seu autor uma entrega tal que, voluntariamente, o leve à morte? Nenhuma. Se Deus se humanizou depois de a humanidade ter recusado a divindade, aconteceu só por Graça e Misericórdia, sem qualquer merecimento por parte da criatura.
Os Magos, vindos do Oriente, o mundo de então conhecido, são sinal e imagem da manifestação que Deus faz de Si a todos os povos, raças e nações, também aqueles não conhecem nem amam o Criador. Deus não salvou os bons, salvou a humanidade: a todos oferece a graça da salvação, que já está em nossas mãos.
Diante da imensurável e inefável grandeza do mistério de Amor de Deus cabe-nos pasmar, não em assombro paralisante, em ato amoroso temor e cair mais, sempre mais e mais, em adoração de confiante entrega de nós mesmos, daquele nada que somos por nós, mas do tudo em que Deus fez que nos tornássemos ao encarnar, assumindo nossa humanidade, e ao morrer e ressuscitar, adquirindo-nos para Si ao preço do valor da sua vida, e oferecendo-nos a capacidade e o poder de sermos filhos de Deus.
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